segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Todos querem ser jovens!

 

Cada idade tem a sua sabedoria. Mas é correto associar a idéia de sabedoria à juventude? Não seria essa uma idéia ligada somente às pessoas mais velhas? O próprio Papa Paulo VI já dizia, em 1971, que se deve ouvir a sabedoria dos jovens: “É conveniente até que certos jovens sejam mestres e educadores de seus companheiros. A sua idade permite-lhes assimilar novos tipos de cultura e comunicá-los aos da sua geração”.
De fato, as pessoas idosas também são sábias! E como são! Suas experiências lhes tornam capazes de fazer refletir sobre o passado, sobre tudo o que ainda serve como referência de aprendizagem. Embora cada geração tenha a sua particularidade, levando também em conta as variações de tempo e sociedade, não há uma sequer que não tenha algo para ser ensinado e outra para ser aprendida. 
Assim, os jovens também tem a sua sabedoria, uma sabedoria inteligente e inovadora! Basta lembrar da facilidade com que lidam com os novos meios eletrônicos, com as novas tecnologias e, principalmente, da rapidez com que questionam tudo o que os cerca. Seus sonhos, ou ainda suas idéias teimosas, parecem infalíveis acompanhadas dessa vitalidade própria da juventude. Vitalidade essa que muitos adultos perderam à medida que o tempo lhes atribuiu responsabilidades ainda maiores.
Alguns dizem que os jovens são rebeldes e que representam, de certa forma, um risco à harmonia social. A rebeldia, o inconformismo, a sede de felicidade e o desejo de renovação são, na verdade, sinais de uma geração sadia e apta a promover mudanças. Que frustrante seria, por exemplo, se eles fossem desanimados, conformados e desinteressados em explorar conhecimentos. Mais tarde se tornariam adultos responsáveis por não ter nada a oferecer às gerações futuras.
Hoje vemos que a maioria dos adolescentes e jovens são capazes de recuperar um programa no computador para um adulto, mesmo que este seja acostumado a essa tecnologia. São também os principais consultores da família na hora de comprar um novo aparelho eletrônico ou ainda os primeiros a serem chamados a ensinar como participar dos melhores e mais atuais sites de relacionamentos. Sempre conectados, são mais informados sobre diversos assuntos e, consequentemente, mais críticos também.
Nesta fase de intensas mudanças, a impressão é que quase ninguém quer “adultecer”. Todos querem ser jovens! As crianças logo expressam a vontade se tornarem mais velhas, de conquistarem o direito de sair com os colegas sem a presença dos pais, por exemplo; e os mais velhos, adultos e idosos, se esforçam por manter a vitalidade juvenil, na maioria das vezes, não apenas por uma questão de saúde mas, sobretudo, de formosura e de auto-estima.
No entanto, um jovem não tem a maturidade de uma pessoa mais velha.  Não está acostumado a lidar com grandes sofrimentos, perdas, frustrações... Assim, a família é o meio ideal para ajudá-lo a manter o equilíbrio emocional e psíquico, esclarecendo dúvidas, dando o melhor direcionamento em algo, aconselhando-o, ouvindo-o, sendo companheira... Ou seja, os pais têm a tarefa de transferir, pelo acúmulo de experiências, conhecimentos acerca de inúmeras situações da vida a fim que seus filhos as vivenciem bem quando tiverem que enfrentá-las. Não há jovem que não goste de sentir-se apoiado, compreendido... E, na verdade, até gostam de ser desafiados pelos adultos! Torna-se uma questão de honra para eles.
É certo que o protagonismo juvenil é capaz de fazer toda a diferença. Esse vigor que as crianças ainda não têm e que muitos adultos e idosos já não têm, é indispensável para provocar mudanças positivas em qualquer grupo social, seja na família, na escola, na Igreja, no trabalho... Quanto mais os grupos sociais apostarem nos jovens e atribuírem funções importantes a eles, tanto mais responsáveis eles se tornarão e mais facilmente estarão preparados para conquistarem seu espaço no mundo e a confiança dos adultos.
Mas no final das contas, todos querem ser jovens! 

 Lívia Simões


sábado, 20 de agosto de 2011

Pensamento

Terrível é o pensar. Eu penso tanto
E me canso tanto com meu pensamento
Que às vezes penso em não pensar jamais.
Mas isto requer ser bem pensado.
Pois se penso demais
Acabo despensando
Tudo que pensava antes.
E se não penso
Fico pensando nisso o tempo todo.

Millôr Fernandes, humorista e escritor brasileiro

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Castidade: se Deus quer, é possível!


Há quem diga que a castidade é impossível de se viver, que essa é uma regra antiga e que a moda agora é “ficar” e namorar à vontade; que essa história de pureza não passa de um “papo furado” dos cristãos. Mas há também quem diga que a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio (Paul Claudel, diplomata e escritor francês)! E que grande desafio é manter-se casto num mundo tão erotizado!
O catecismo da Igreja Católica nos diz: “Todo batizado é chamado à castidade”. Isso anula a mentalidade de que o exercício da castidade se restringe apenas aos sacerdotes, freiras e pessoas consagradas. Mais do nunca, hoje os jovens precisam descobrir o valor que há dentro de cada um deles e por que são chamados a uma vida santa.
Todo batizado carrega dentro de si o Espírito Santo. Somos templos do Espírito Santo! Se tomarmos como exemplo uma obra valiosa produzida por um artista renomado, veremos que esta deve se encontrar num grande museu de arte, com o máximo de proteção possível a fim de zelar por aquele patrimônio. Se uma arte produzida por mãos humanas é tão valorizada, imaginemos quão valorizado deve ser o nosso corpo! Nós também somos obras de arte! E o nome do nosso artista é Pai. Foi assim que Jesus nos ensinou a chamar Deus: de Pai. E suas mãos não são mãos humanas, mas divinas!
Quão grande alegria é descobrir a nossa preciosidade, o nosso valor! Só assim podemos compreender por que devemos zelar pelo o que somos. A idéia de castidade não se refere propriamente às coisas que não devemos fazer, mas ao contrário, se refere às que devemos. A castidade é um dom, uma graça e uma obrigação a todos quantos portam dentro de si o Espírito de Deus.
E é na amizade com Deus que descobrimos o quão algo é desprezível ou adorável. Quanto mais nos tornamos Seus amigos, tanto mais Ele nos mostrará quem nós somos, nos mostrará a nossa verdadeira identidade e, na mesma proporção, num ato inteiramente espontâneo, nós mesmos buscaremos aquilo que Lhe é agradável e o que realmente convém aos filhos e filhas do Pai.
A grande proposta de viver a castidade está principalmente nos nossos relacionamentos e no nosso comportamento. Infelizmente, as músicas, os meios de comunicação, a maioria dos famosos e tudo aquilo que é atrativo à juventude hoje, só tem contribuído para formação de jovens infelizes que buscam no prazer alguma satisfação. É no prazer do sexo desenfreado, do álcool, das drogas, da pornografia, da prostituição, da imoralidade que tantos jovens corrompem aquilo que mais tarde deveria ser, no Plano de Deus, um corpo glorificado.
O jovem que é capaz de se controlar, que não sede aos impulsos da carne, é mais feliz porque não há acusação contra ele e nada há de ilícito em seus atos. Mas o jovem que não tem domínio de si, nem tampouco tem amizade com Deus, é totalmente vulnerável às artimanhas sedutoras do inimigo. Este inverte o sentido real das coisas a fim de que façamos mau uso do que nos foi dado desde o princípio pelo nosso Pai. O inimigo reveste o pecado de uma aparência boa e “gostosa”, mas depois, ele mesmo nos acusa de termos pecado. Ele é o grande acusador! (Apo. 12:10). Não é exatamente a nossa consciência que nos acusa, muito menos o Espírito Santo que há em nós, mas apenas aquele que quer nos ver tristes, vazios de amor e cheios de culpa.
As relações sexuais antes do casamento, por exemplo, são aprovadas por mais de 79% dos rapazes e moças do Brasil. Por incrível que pareça, muitos desses jovens nem ao menos são namorados! Nem ao menos se conhecem! Nem ao menos sabem ou lembram seus nomes! Como esses rapazes estão se preparando para serem futuros pais de família? Como essas moças estão se preparando para serem futuras mães? Que tipo de modelo elas serão para seus filhos, para as gerações futuras?
E então a Palavra vem nos dizer algo belíssimo: “A mulher não pode dispor do seu corpo, ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo, ele pertence à sua esposa" (1 Cor 7,4). Guardar-se para outro, zelar-se para o outro, ou ainda para o próprio Deus, por amor! A sexualidade é fonte de vida e, portanto, de gratidão. E só aqueles que sabem vivê-la bem é que realmente agradecem por esta graça, por seus frutos e são felizes ao lado de seus cônjuges.
Jovem, é cedendo às nossas fraquezas e as nossas irresponsabilidades que perdemos a nossa dignidade. Tomemos como exemplo uma prostituta. Ainda que ela tentasse se justificar ao dizer que é pobre e que precisa vender seu corpo para ganhar algum dinheiro, se você falar para ela que ela é templo do Espírito Santo, ela não vai acreditar. O próprio acusador vai se encarregar de fazer com que ela se sinta feia, suja, indigna de Deus. E se você perguntar onde está a dignidade dela, provavelmente ela nem lembrará qual foi a última vez que ouviu essa palavra.
É preciso resistir com firmeza às tentativas do mal que tanto quer nos destruir. É preciso um espírito constante de renúncia. Não conte com as suas próprias forças... Elas vão lhe decepcionar algumas vezes... Peça ajuda do Alto! Peça a graça da pureza! Imagine a alegria de Deus com um pedido desses! Pode Ele nos negar? Não tenha medo de nadar contra a corrente, de ser diferente! Lembre-se sempre: somos estrangeiros aqui e o Céu o nosso lugar!

Lívia Simões

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Homenagem ao Papa João Paulo II



"Eu não sabia da profunda admiração que sentia por ele até a sua morte. Lembro-me que no dia 2 de abril de 2005, eu estava num treino de vôlei no colégio onde estudava, Salesianas, quando, de repente, os sinos das Igrejas Católicas da cidade tocam. Era o anúncio do falecimento do vigário de Cristo, O Papa João Paulo II. Fui abatida por uma tristeza interior profunda e queria chegar em casa logo para acompanhar o noticiário. Terminado o treino, a televisão já estava ligada e então pude me certificar de que realmente ele havia falecido. Olhando a comoção das pessoas e as homenagens que lhes fizeram, tudo o que conseguia fazer era chorar. Mesmo não tendo-o visto pessoalmente, eu nunca encontrei alguém com um olhar tão profundo e ao mesmo tempo tão manso quanto o de João Paulo II. Nem nunca encontrei alguém, que apenas por fotos, depositasse em meu coração uma grande dose de paz, como se pudesse sentir um pedaço do céu. Muito antes de sua beatificação, eu já tinha guardado dentro de mim a certeza de que alí não se tratava de uma pessoa comum, mas de um santo. De um santo que se ofereceu em sacrifício pelos pecadores e que não teve medo de anunciar a verdade ao mundo. Nele transparecia a face do Cristo em cada peregrinação, em cada mensagem, em cada gesto de carinho e compaixão, em cada benção, em cada sacrifício e provação. A sua simplicidade era divina, aquela que vem direto do Trono de Deus e que se desdobra em amor pelos irmãos. Amar foi o que João Paulo II fez. Tanto amou que conquistou o afeto das pessoas e a admiração até daquelas que professam outra fé. Afinal, quem de nós visitaria e perdoaria aquele tentou tirar nossa vida? Não seria mais fácil tomar distância ou até mesmo guardar a mágoa e o sentimento de vingança? Não é assim que a nossa natureza humana reage? Mas o nosso Papa buscava as coisas do Alto, buscava a santidade e, se colocando no lugar de Cristo, fez aquilo que Ele faria: foi ao encontro do pecador, não pra condená-lo, não pra cruficicá-lo, mas para oferecê-lo o perdão dos pecados e toda a compaixão de Seu Amado Mestre num simples gesto de Amor. Se eu procurava algum santo com quem me identificasse para que intercedesse por mim, hoje eu sei que esse santo é João Paulo II!" 

Lívia Simões

"Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra Ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus." Mt. 16: 18-19

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Conversa com Deus


Um dia, levantei-me de manhã cedo para assistir o nascer do sol. A beleza da criação Divina estava além de qualquer descrição. Enquanto eu assistia, louvei a Deus pelo Seu belo trabalho. Sentado lá, senti a presença de Deus comigo. Ele me perguntou:
- Você me ama?
Eu respondi:
- É claro, meu Deus. Voce é meu Senhor e Salvador.
Então Ele perguntou:
- Se você tivesse alguma dificuldade física, ainda assim Me amaria?
Eu fiquei perplexo. Olhei para meus braços, pernas e para o resto do meu corpo e me perguntei quantas coisas eu não seria capaz de fazer as coisas que eu dava por certas. E eu respondi:
- Seria difícil, Senhor; mas eu ainda Te amaria.
Então o Senhor disse:
- Se você fosse cego, ainda amaria minha criação? 
Como eu poderia amar algo sem a possibilidade de vê-lo? Então eu pensei em todas as pessoas cegas no mundo e quantos deles ainda amaram Deus e Sua criação. Então respondi:
- É difícil pensar nisto, mas eu ainda Te amaria.
O Senhor então perguntou-me:
- Se você fosse surdo, ainda ouviria minha palavra?
Como poderia ouvir algo sendo surdo? Então eu entendi. Ouvir a palavra de Deus não é simplesmente usar os ouvidos, mas nossos corações. Eu respondi:
- Seria difícil, mas eu ainda ouviria a Tua palavra.
O Senhor então perguntou:
- Se você fosse mudo, ainda louvaria Meu nome?
Como poderia louvar sem uma voz? Então me ocorreu: Deus quer que cantemos de toda nossa alma e todo nosso coração. Nao importa como possa parecer. E louvar a Deus não é sempre com uma canção, mas quando somos oprimidos, nós louvamos a Deus com nossas palavras de gratidão. Então eu respondi:
- Embora eu não pudesse fisicamente cantar, eu ainda louvaria teu nome.
E o Senhor perguntou:
- Você realmente Me ama?
Com coragem e forte convicçao, eu respondi seguramente:
- Sim, Senhor (...) Eu te amo! Tu és o unico e verdadeiro Deus.
Eu pensei ter respondido bem, mas entao Deus perguntou:
- ENTÃO POR QUE PECAS?
Eu respondi:
- Porque sou apenas um ser humano. Não sou perfeito.
- Então, por que em tempos de paz você vagueia ao longe? Por que somente em tempos de problemas você ora com fervor?
Sem respostas... somente lágrimas. O Senhor continuou:
- Por que cantas somente nas confraternizações e nos retiros? Por que me buscas somente nas horas de adoração? Por que Me pedes coisas tão egoístas? Por que me fazes perguntas tão sem fé?
As lágrimas continuavam a rolar em minha face.
- Por que você tem vergonha de mim? Por que você não está anunciando as Boas Novas? Por que em tempos de opressão, você chora a outros quando eu ofereço Meu ombro pra você chorar nele? Por que cria desculpas quando lhe dou oportunidades de servir em Meu nome? Você é abençoado com vida. Eu não te fiz para que jogasse este presente fora. Eu lhe abençoei com talentos para Me servir, mas você continua a se virar. Eu revelei Minha Palavra a você, mas você não progride em conhecimento. Eu falei com você, mas seus ouvidos estavam fechados. Eu mostrei minhas bênçãos, mas seus olhos se voltavam para outra direção. Eu lhe mandei servos, mas você se sentou ociosamente enquanto eles eram afastados. Eu ouvi suas orações e respondi a todas elas... Eu quis responder, mas não havia resposta a ser dada. VOCÊ VERDADEIRAMENTE ME AMA?
Eu não pude responder. Como eu poderia? Eu estava inacreditavelmente constrangido. Eu não tinha desculpa. O que eu poderia dizer? Quando meu coração chorou e as lágrimas brotaram, eu disse:
- Por favor, perdoe-me Senhor. Eu não sou digno de ser seu filho.
O senhor respondeu:
- Esta é Minha Graça, meu filho.
E o Senhor continuou:
- Porque você é Minha criação. Você é meu filho. Eu nunca te abandonarei. Quando você chorar, Eu terei compaixão e chorarei com você. Quando você estiver alegre, Eu vou rir com você. Quando você estiver desanimado, Eu te encorajarei. Quando você cair, Eu vou te levantar. Quando você estiver cansado, Eu te carregarei. Eu estarei com você até o final dos tempos, e te amarei pra sempre.
Eu jamais chorei daquela maneira antes. Como pude ter sido tão frio? Como pude ter magoado Deus como fiz? Então eu perguntei a Deus:
- O Senhor me ama?
O Senhor esticou Seu braço. Logo, curvei-me aos seus pés, e, pela primeira vez eu orei verdadeiramente (...).

Transmita às pessoas o quanto é importante a devoção e o reconhecimento de tudo que nos é dado.
Dê valor às coisas simples, não seja ambicioso, muito menos materialista; trate "seus irmãos" com dignidade (...).

Fonte: http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=doc&cat=93&scat=178&id=1796